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Nova música de Baobá revela intimidade e afetividade relacionadas a carinho, cuidado e amadurecimento

Porto Geral narra o amor sob a perspectiva do cuidado e do autocuidado, critica o ideal do “amor” ocidental e traz reflexões sobre a afetividade preta de um ponto de vista africano

Por Maya da Costa

Um pocket show intimista no Break Bar House Ateliê, em Guarulhos, na última sexta-feira (26), marcou o lançamento de Porto Geral, nova música de Baobá que já despontou no cenário da música AfroPop brasileira por meio das principais plataformas de streaming. Com direção de Monalisa Amaral, o videoclipe de Porto Geral, disponível no canal do YouTube, parte da leitura de ideias e provocações do terapeuta e escritor Omoloji  Àgbára Dúdú, que traz reflexões sobre a afetividade preta de um ponto de vista africano e faz crítica ao ideal do “amor” ocidental.

Neste trabalho, Baobá narra o amor sob a perspectiva do cuidado e do autocuidado. “Lembro que quando pensei no roteiro do clipe, eu queria falar sobre o que tenho aprendido há 24 anos, tenho ainda aprendido a amar. Mas daí eu descobri que o amor só não basta, é preciso querer ficar, é preciso querer estar, é preciso carinho e delicadeza”. Em cena, Baobá conta com a participação de seu atual companheiro Murillo Della Veiga. Ambos dividem espaço com outros artistas, como Bruna Black, Rubens Oliveira, Thaira Mainah e Trajano.

Na música, Baobá também cita lembranças dos textos de Omoloji que diziam, numa tentativa de desvincular-se da monogamia-ocidental: “Eu não quero amor, eu quero Ifé”, trazendo também a perspectiva bantu do dengo, “o pedido de aconchego no outro em meio às suas labutas diárias”, que demonstram que a importância da afetividade e das relações está voltada para o carinho, o cuidado e o amadurecimento.

Porto Geral chega aos ouvidos numa estética sonora que carrega os batuques do Ijexá dos candomblés e do Samba Reggae baiano, que na música estão em diálogo direto com o Afrobeats, construindo assim parte da cena AfroPop contemporânea e Afrofuturista, junto às guitarras e teclados muito bem produzidos pelas mãos de Matheus Sol, atual produtor musical do artista. 

Foto: Dani Souza

A musicalidade de Baobá é regada por amplas e distintas referências sonoras inspiradas em Gilberto Gil, Baiana System, Bob Marley, Metá-Metá e entre tantos outros que também influenciam seus vocais numa mescla das vozes de Tiganá Santana, Elza Soares e Juçara Marçal.

O clipe, pensado e roteirizado pelo próprio compositor, traz cores vivas e intensas num clima de calor tropical, corporal, do aconchego do dengo, da intimidade do toque, do sorriso, do olhar. E o resultado visual conta mais uma vez com a direção de Monalisa Amaral, que também dirigiu “Alujá”, lançamento de Baobá de 2021. A obra passa ainda pelas mãos de outros parceiros e artistas independentes, unindo forças para dar corpo ao trabalho: Renato Pascoal (Direção de fotografia e iluminação), Gustrago (Assistente de Fotografia), Elizabeth Regina (Direção de arte), David Taro, (Montagem, edição e correção de cor), Renata Soul (Assistente de arte), Jennifer Martins (Produção), Trajano (Assistente de arte e elenco), Marcos Campos (Assistente de arte), Victor Cali (Making off), Dani Souza (Still), Keyla Caroline (Maquiagem), Sarah Pibari (Maquiagem), Tata “Guere-Guere” (Acessórios), Bruno Iurky (Hairstyling de Baobá), Chris (Transporte de cenografia), Kelly Souza (Transporte de alimentação), Deijanira Carvalho (Catering), Indy Naíse (Consultoria), Lucas Valentim (Contribuição), Teatro Adamastor (Locação), Lilian Rocha (Preparação vocal), SigoSom (Captação de som), Maya da Costa (Assessoria), Bruna Oliveira (Correção de Texto).

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