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Agosto Indígena: professor revela diversidade cultural dos povos originários com sobreposição de imagens de crianças

Exposição Projeta conta com a exibição de 100 imagens, produzidas durante as aulas de Artes do professor Adriano Silva com as turmas do 1º ano

Combinar projeções do universo indígena com fotos dos alunos em um trabalho imagético para valorizar a diversidade cultural dos povos originários no Brasil. Entre os dias 15 de agosto e 15 de setembro, de segunda a sexta, das 8h às 20h, a Secretaria de Educação recebe Projeta, exposição fotográfica dos alunos da EPG Maria Firmina dos Reis, resultado de sequência didática realizada no semestre anterior, que para além da proposta de criação artística também teve como foco um trabalho de projeções nos corpos, técnicas básicas de fotografia, edição e curadoria de imagens.

Projeta conta com a exibição de 100 imagens, produzidas durante as aulas de Artes do professor Adriano Silva com as turmas do 1º ano da unidade. A proposta surgiu da investigação compartilhada do livro Kabá Darebu, do autor Daniel Munduruku (Brinque-Book, 2002, 28 páginas), que conta a história de um menino-índio que, com sabedoria e poesia, fala de ser de sua gente, os Munduruku.

A exposição foi um dos projetos desenvolvidos para Mostra Cultural da EPG Maria Firmina dos Reis, na região do Bonsucesso, apresentado às famílias e comunidade no início de julho e que teve como tema Origens do Brasil: Como chegamos até aqui? Onde queremos chegar? Povos originários.

De acordo com o professor Adriano, a investigação dos alunos seguiu a lógica de construção de conceitos, com rodas de conversa, tempestades de ideias e provocações sobre a atmosfera indígena.

“A partir do reconhecimento prévio daquilo que os estudantes já sabiam sobre o universo indígena, o projeto objetivou entender como os alunos relacionavam a atmosfera urbana e seu próprio cotidiano com o universo dos povos originários. Durante os debates, as imagens de animais apareciam com muita frequência e foi assim, através das plumagens e texturas, dos pelos, cores, da geometria da fauna e flora brasileira, que logo foram reconhecidas em cocares e pulseiras, colares, miçangas e pinturas corporais”, explicou o docente.

O fazer artístico

Não demorou muito para que a estética idealizada com a projeção de imagens ganhou outro sentido quando projetada sobre os alunos, o que promoveu uma espécie de fusão de imagens, resultado belíssimo de um processo criativo potente a ser explorado.

O fazer artístico teve como apoio obras do artista francês Philippe Echarouxl, que em 2016 projetou rostos de indígenas da etnia Suruí em copas de árvores e vegetações em diversos espaços de cidades, comunidades, áreas verdes e florestas, em protesto ao desmatamento. Além disso, Adriano e seus alunos também se inspiraram no brasileiro Daniel Lima, responsável pela exposição Terra de Gigantes, em exibição no Sesc Guarulhos até o dia 3 de setembro.

“Com a mão na massa, em posse do smartphone, os alunos registraram as imagens de seus colegas. Todos os alunos tiveram a oportunidade de fotografar, dirigir e posar para as fotos durante o experimento.  É importante dizer que para esse projeto foram utilizados apenas recursos tecnológicos acessíveis, como Smartphone, retroprojetor e editor básico de imagens”, explica Adriano.

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