Como Nasce um Palhaço?
Dia 10 de Dezembro é o dia Universal do Palhaço. Neste dia, homenageamos essas figuras que, ao longo do tempo, são encarregadas de fazer rir com aquilo que todos tentam esconder: seus erros e falhas, mas se errar é humano, insistir no erro é palhaçada!
Por André Bizorão
A pergunta que não quer calar é: Como nascem os palhaços? Bom, sinto lhes informar que assim no plural, fica impossível de responder, pois somos e já fomos muitos, aliás, os palhaços provavelmente estão na História da humanidade desde quando assim, somos reconhecidos, é isso que nos dá o título de arquétipo, sendo reconhecidos em qualquer lugar do mundo, em qualquer época, por qualquer povo.
Pode ser que lá na época em que éramos nômades e nos escondíamos em cavernas, houve aquele que se orgulhava de seus dotes físicos, esculturais, aquele a quem todas as fêmeas suspiravam de desejo… O que as alimentava trazendo os animais mais robustos e corpulentos, em contrapartida, existia também aquele franzino e sem força alguma, esse que nasceu sem os requisitos mínimos para sobreviver numa sociedade caçadora, só poderia assumir uma função: a de fazer rir.
Talvez, era ele quem expunha, a partir das suas, as fraquezas daqueles que pareciam não portar nenhuma. Essa é motivação do palhaço: questionar os padrões, as regras sociais vigentes, a norma culta e os modelos de vida artificiais, sendo ridículo por natureza e aceitando o seu lado risível, ele decide expor aquilo que todo mundo prefere esconder, no final das contas, ser palhaço é a possibilidade de se libertar das amarras sociais, daquilo que nos é imposto e nos afasta de nós mesmos.
É como disse William Hazlitt e foi logo complementado pelo Millôr Fernandes:
“O ser humano é o único animal que ri…
E é rindo que ele mostra o animal que é”.
Viva os Palhaços! Que sua história continue sendo contada ao longo da humanidade para que nunca a deixemos esquecer de que rir é uma necessidade básica!