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Formandas da Unifesp elaboram projeto para transformar histórias em arte

O Projeto Casa do Caramujo foi idealizado por Elis Regina Santos e Elisangela Moraes, jovens guarulhenses moradoras da região do bairro dos Pimentas, recém-formadas em Pedagogia

Se você gosta de contar, ouvir histórias e fica com a cabeça cheia de ideias incríveis depois que termina de ler um livro, você precisa conhecer o Projeto Casa do Caramujo, um dos dez projetos aprovados pelo Fundo Municipal de Cultura de Guarulhos, o FunCultura, no edital Primeiras Obras. O projeto da área de literatura infantil e juvenil oferece uma série com dez vídeos com contação de histórias e oficinas de artes cheias de encantos e aprendizagens, disponíveis no YouTube no endereço www.youtube.com/channel/UCUVLekV3Ng7edar3_zYcmUw.

Idealizado por Elis Regina Santos e Elisangela Moraes, jovens guarulhenses moradoras da região do bairro dos Pimentas, recém-formadas em Pedagogia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o projeto objetiva ressignificar os sentimentos por meio da arte. Para tanto, vale-se da habilidade que as histórias e a literatura têm de despertar sentimentos, que no contexto do projeto são canalizados para a criação artística.

As imagens dos vídeos foram feitas em um ambiente cercado de natureza, na parte interna de uma casa, como a sala e a cozinha, e também externos, como o quintal e o jardim. Os curtos episódios são repletos de ludicidade e delicadeza, e são contextualizados pela interação das pedagogas em situações diversas em meio a plantas e árvores, na hora do chá na varanda, à beira de uma fogueira e manipulando objetos durante a contação. Todos os episódios contam com descrição em Libras.

Oficinas de artes baseadas em sentimentos

O projeto Casa do Caramujo foi inspirado em pesquisa da disciplina Práticas Pedagógicas Programadas da graduação em Pedagogia, na qual Elis e Elisangela se dedicaram a um trabalho que relacionava o envelhecimento com a literatura. Para cada história contada, Elis e Elisangela apresentam uma oficina de arte, utilizando elementos relacionados com a história.

“A história Tudo bem ser diferente, de Todd Parr, por exemplo, fala de empatia, sobre a importância de nos colocarmos no lugar do outro, e conforme ela vai sendo desenvolvida, é possível perceber que há beleza na diversidade, cada um tem seu jeitinho e tudo bem. Se todo mundo fosse igual, o mundo não seria tão bonito”, explica Elis, relatando que a história deu origem à oficina de criação de bonecos, que ensina a fazer um boneco personalizado com materiais de fácil acesso.

O mesmo acontece com as demais histórias: O reconto A jornada do pequeno senhor tartaruga, de Inge Bergh e Inge Misschaert, fala sobre sentimentos como esperança, alegria e amizade e desencadeia a oficina de chá natural, um momento que transmite muito carinho e acolhimento.

Outra história bem impactante é O porco mau e os três lobinhos, de Eugene Trivizas, uma adaptação divertida do clássico do escritor australiano Joseph Jacobs. Durante a oficina, as pedagogas problematizam que toda história tem duas versões e convidam o telespectador a contar histórias a partir de outros pontos de vista.

O reconto A velhinha que dava nome as coisas, de Cynthia Rylant, aborda sentimentos como memória e saudade ao abordar a temática do envelhecimento. Durante a oficina que resulta dessa história, elas propõem a criação artística a partir de objetos de memória, como fotos, roupas, plantas, entre outros.

Por fim, Contos de Enganar a Morte, de Ricardo Azevedo trata de sentimentos como medo, frustração e insegurança. A história, longe de amedrontar quem a escuta, é contada à beira de uma fogueira numa noite escura. Depois de desmistificar alguns medos bastante comuns, as cinzas que sobram da fogueira se transformam em matéria prima para a oficina de criação de moldes artísticos.

E se o conteúdo disponível no canal do YouTube impressiona pelo cuidado com que os vídeos foram elaborados, o perfil do Projeto Casa do Caramujo no Instagram é ainda mais acolhedor, revelando os bastidores de um projeto altamente criativo.

“Esse material foi produzido com muito carinho, estudo e esforço. Nos dedicamos muito para fazer o nosso melhor e entregar conteúdo de qualidade, por isso, esperamos que gostem e que a Casa do Caramujo seja um lugar onde os sentimentos sejam acolhidos e os sonhos alimentados, pelas histórias, arte e poesias que compartilhamos”, completa Elisangela.

Para conhecer as histórias e ver os vídeos com as oficinas, acesse: www.youtube.com/channel/UCUVLekV3Ng7edar3_zYcmUw. Conheça também o perfil do Projeto Casa do Caramujo no Instagram, no endereço https://www.instagram.com/projeto_casadocaramujo/. Mais informações no site https://projetocasadocaram.wixsite.com/website.

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