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Nova música da guarulhense Sam.Gee problematiza certo e errado sob a ótica do respeito às diferenças

Lançamento do single Eu já Disse vem acompanhado de videoclipe eletrizante e convite aos dispostos a repensar conceitos

Pare o que você está fazendo agora e confira o que a cantora guarulhense Sam.Gee anda aprontando. Eletrizante e cheio de motivos para não deixar ninguém ficar parado, o  videoclipe de Eu Já Disse, primeiro single oficial da cantora, é um convite aos dispostos a repensar conceitos, livrar-se das amarras e a respeitar e conviver com as diferenças. Para ouvir Eu Já Disse no Spotify acesse spoti.fi/3C4UW3E.  

Eu já Disse lança uma mensagem direta, recado sem economia de palavras, verdades, fatos. “A música não é apenas sobre um relacionamento, mas sim sobre a visão que as pessoas costumam ter, de achar errado tudo que é diferente”, explica a cantora.

É a própria Sam Gee quem assina a composição da letra de Eu Já Disse; já a melodia, beats e mixagem foram feitas pelo Kalisch, um parceiro da cidade de Arujá que mandou muito bem na produção musical. “A letra fala sobre uma pessoa livre, sem amarras, e sobre uma pessoa que julga essa liberdade da outra, como se toda aquela “novidade” fosse errada por não ser sua forma de pensar, de ver o mundo”, diz.

Assumidamente não monogâmica, Sam conta que suas escolhas geraram muitas confusões no início de um relacionamento passado, como se a não monogamia fosse um erro para a outra pessoa.

“Na verdade, ela tinha uma forma de se relacionar, e eu também. A gente vive regras que nos foram ditadas, sobre o que é certo e o que é errado, como ternos e fraques serem roupas exclusivas para homens, ou acreditar que os gays vão para o inferno, ou a postagem de uma foto de biquíni ser considerada um convite quando, na verdade, não é e nem nunca será. É sobre ser quem você é”, enfatiza a cantora, certeira. 

Se por um lado Eu Já Disse é considerado o primeiro single oficial da cantora, por outro, Sam.Gee já elaborou outros trabalhos como Samantha Garrote, sobretudo no audiovisual, com projetos de curtas e longas-metragens.  “Em 2020 eu lancei um single chamado Despertar, como Samantha Garrote, e foi um marco para esse “despertar” da Sam.Gee. Cheguei a fazer um curta sobre a pandemia vestindo a Sam.Gee pela primeira vez e, desde então, eu tô caminhando nessa direção”, explica a cantora, enfatizando que decidiu separar as identidades. “A Samantha Garrote ainda existe, e ela vai ser creditada em projetos nos quais atuar como diretora, produtora, microfonista, etc. Já a Sam.Gee vai ser o nome nos créditos para quando forem me ver em frente às câmeras”

O pop que também é rock

Em Guarulhos, Sam teve a oportunidade de cursar por seis meses a Escola Viva de Artes Cênicas. Ela também começou a estudar cinema na Anhembi Morumbi, mas teve que interromper ambos os projetos depois de engravidar da Coraline. Hoje, após um período de 5 anos afastada dos palcos, Sam está de volta ao curso de Teatro no Senac. Ela acredita que essa formação potencializou seu olhar sobre o mundo que a cerca.

“Costumo dizer que tudo é arte. O design da cadeira do seu escritório, a moldura de um porta-retratos, até a pintura lisa da parede são elementos artísticos que muitas vezes nós ignoramos”.

Sua paixão pelo fato do cinema ser quase como uma caixa registradora, não somente na película, mas sim na mente do telespectador, faz com que Sam abuse e misture muitas vertentes do teatro, cinema e música.

A atuação como fotógrafa e assistente de produção para cinema e publicidade contribuiu para a elaboração do videoclipe, com vantagens e desvantagens. “Há a vantagem de conhecer muito e saber do que você vai precisar; e há a desvantagem da auto cobrança sobre fazer isso sozinha, mas foi tudo lindo, tive ao meu lado amigos da área que deram tudo de si para fazer esse projeto acontecer”, comemora. O videoclipe conta com as participações da coreógrafa e bailarina Luna Matavelli, a bailarina Ana Whitte, a mulher trans não binária Brune Fank e o ator Enrico Cortez.

Lady Gaga, Jared Leto e Zendaya são algumas das inspirações de Sam.Gee no quesito cinema e música. “Me identifico também com a performance da Madonna e, no aspecto musical, tenho me inspirado muito na Glória Groove, acredito que ela seja uma das principais referências, inclusive em entrega no audiovisual, ela performa, ela atua, Gloria Groove é um ícone. Entre outras inspirações, destaco o Grimes, Ashnikko e Bring Me The Horizon, que me remetem a essa coisa do pop que não é pop e também é rock”

Sobre aquilo que a inspira a compor, Sam.Gee revela que momentos que vivenciou e histórias que lhe contaram ou que presenciou têm grandes chances de se tornar uma narrativa.

“Minha relação com a música começou cedo através da dança, sempre gostei de colocar uma música e começar a dançar sentindo o ritmo, mesmo de forma desengonçada, eu sempre amei estar em movimento. E a música traz uma sensação gostosa, ela une grandes amores em uma vertente só: cinema, música e teatro. Eu posso atuar em um vídeo clipe, posso cantar e dançar, e vou continuar fazendo arte”, vibra.

A mamãe da Coraline 

Sam conta que está em contato com outros produtores e artistas, o que pode desencadear em mais um single em Inglês e um feat com outros artistas. Ainda assim, ela diz dar mais prioridade para a língua portuguesa, pois acredita no potencial de se fazer música e impactar pessoas cantando em seu próprio idioma e em seu país.

Sobre ser a mamãe da Coraline, sua pequena companheira de 5 anos, Sam conta que a menina lhe traz muita garra, afinal, não é fácil ser artista no Brasil em pleno 2021. “Ela acompanhou todo o processo de composição e inclusive sabe a letra de cor. Eu sei que ela, de verdade, é a pessoa que mais tem orgulho de mim. E eu tenho orgulho dela ser minha filha! Eu sempre me senti muito sozinha na busca da vida de artista que eu sempre idealizei para minha pessoa, e depois da gestação, muitas pessoas tentaram me desanimar com comentários péssimos de que minha vida estava acabada. Acabada? Meu bem, eu estava gerando a minha maior fonte de inspiração para voltar com tudo em cima daquele buraco escuro onde eu acabei entrando por ouvir os outros. Hoje eu só ouço os meus instintos e eles me falam: seja quem você é, não as expectativas que criaram sobre você”.

“Sam.Gee, como o nome já diz, é Sam de Samantha e Gee do G (porém com uma pronúncia do inglês) do meu sobrenome, Garrote. Eu cresci ouvindo que eu tenho nome de gringa, quando eu era mais nova, até queria que fosse verdade. Mas hoje eu amo ter nascido aqui, a energia do povo brasileiro, a cultura, a forma como somos mais carinhosos apesar de tudo, inclusive sou a roqueira que curte sim um Funk, viu!? Quem disse que quem ouve rock não pode ouvir funk também? Pois é, Eu Já Disse”.

Para aqueles que estão acostumados a julgar, Sam.Gee deixa uma mensagem muito clara de que, entre mortos e amortecidos, vale muito a pena cada um cuidar da sua própria vida.

“E tá tudo bem não concordar com as vestimentas, com a orientação sexual ou com a forma de ser e se relacionar de alguém, mas impor sua forma de pensar é um absurdo. Seja  quem você quer ser sem medos, sem correntes, sem esperar a aprovação de ninguém. Seja indomável e ninguém vai conseguir te parar. Na selva, os animais selvagens são livres, sem gaiolas, sem coleiras, sem muralhas”. 

Para saber mais sobre a Sam.Gee, acompanhe suas redes sociais 

Instagram: https://www.instagram.com/samanthagarrote/

Tiktok: https://www.tiktok.com/@.sam.gee

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