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Nova música de Jhank Mencrofone fala de resistência e do modo cíclico da vida

Da Terra para o Orvalho é bastante expressiva e parte de experiências duras, com crítica social baseada em conceitos de certo e errado

Por Fernanda Carvalho e Carla Maio

Baiano de Maracás e morador da cidade de Guarulhos, o jovem produtor e beatmaker Jhank Mencrofone está prestes a cumprir mais uma etapa do Projeto Oca Fungos com o lançamento da música Da Terra para o Orvalho no próximo domingo, 10 de outubro, em todas as plataformas de streaming. Para acompanhar o lançamento, siga o perfil do artista no Spotify.

Produzida pelo DJ Ander Som, Da Terra para o Orvalho é parte do CD Underground Rádio Attack. A música é bastante expressiva e parte de experiências duras, com crítica social baseada em conceitos de certo e errado. De acordo com o artista, Da Terra para o Orvalho fala de resistência e do modo cíclico da vida.

“A música trata das idas e voltas, de construir e destruir, do orvalho para a terra e da terra para o orvalho, onde tudo é cíclico e temos que nos manter firmes naquilo que acreditamos”. Nos aspectos artísticos e a partir da lógica de arte como matrix, ligada ao materno, Jhank explica que o orvalho tem relação com nascer e morrer diariamente.

“Com firmeza e resistência, nascemos e morremos pela arte todos os dias”.

Sem previsão para lançamento, o videoclipe de Da Terra para o Orvalho está em processo de produção e tem como ponto de partida a conexão entre as imagens, a música e a letra.

Arte e transformação

Jhank tem um trabalho robusto com o Projeto Oca Fungos, que prevê a produção de 11 trilogias e 33 álbuns. Até o momento, já foram lançados 25 CDs desse total, em cada álbum representa uma etapa da vida de Jhank. A partir de material guardado e escritos com novas experiências, o projeto prevê ainda a produção de um documentário essencialmente sobre música, à luz da trajetória do artista.

Sua experiência de vida, formação, modo de ver e conceber o mundo reverberam na música que pensa, diz e cria. “A música reflete o que eu vejo, minha concepção de mundo, tanto no cotidiano quanto na parte social e espiritual. Muitas músicas fazem protesto social descaradamente, outras têm temáticas espirituais, e há outras que não têm compromisso nenhum com isso, são apenas distrações para quem procura se distrair, crescer internamente, evoluir por meio do pensamento”.

Para Jhank, todo aprendizado representa uma dualidade, algo bom ou mau, em que as experiências se conectam com o que foi vivido, transformado e transmutado até virar música.

“A música não é uma obra de ficção; ela nasce a partir de experiências reais, vividas e ela vai sendo música”.

Jhank vem da escola das batalhas de MCs, tem um histórico de participação em inúmeros eventos de batalhas de rimas e viu nascer essa cultura na cidade de Guarulhos. “O Slam é muito importante para a cena hip hop e para a cena independente, como um corpo autônomo. Acompanho as batalhas de MCs desde o começo. No início não havia mídia, áudio, vídeo ou internet. As batalhas de MCs têm o poder de fazer um artista chegar ao topo da cena e são muito importantes para impulsionar a carreira. Elas também são responsáveis culturalmente e socialmente por deixar uma mensagem inteligente, mas também há temas superficiais”.

Luta pela vida

A arte sempre fez parte da vida Jhank. Nas artes visuais, ele começou com o desenho e logo enveredou pelo grafite. Se a música hoje é representativa dessa experiência no tempo presente, no futuro, Jhank sinaliza predileção pelo cinema, já que a dramaturgia e a produção de curtas e longas é algo que lhe desperta interesse particular.

Com sua música, Jhank deseja transmitir uma mensagem de autoconfiança, progresso, pensamento, transformação humana, de um cidadão bom e responsável, conhecedor de si e do mundo ao seu redor. “Por diversas circunstâncias, já nascemos prejudicados, então, a ideia é usar a música como ferramenta de progresso cultural, espiritual, interno, externo, e crescimento pessoal”.

Seu trabalho também está relacionado aos jovens, às lutas das minorias, perpassando questões políticas para pontuar ações práticas, em que muito além de mantê-las no campo das ideias, parte-se para o movimento de progresso e evolução do pensamento para quebrar barreiras e preconceitos por meio da música.

“A arte é transformadora. Acredito na arte como transformação de vida, não apenas da unidade, mas também do coletivo.  Quando todas as pessoas tiverem um nível de consciência avançado será possível transformar o todo, sua casa, sua rua, seus vizinhos, sua cidade, seu país, esse é o Jhank atualmente”.

São inúmeras as causas de Jhank, mas todas elas nos aproximam de um modo muito especial de compreender a função da arte. “Luto pela vida, há diversos tipos de lutas e é preciso abraçar uma causa, e a minha é transformar a sobrevivência do periférico, do favelado e do pobre em vivência. A ideia é reunir a galera, juntar todo mundo e debater diferentes pontos de vista, a junção desses olhares faz com que a luta fique ainda maior, com diálogo e direcionamento social”.

Para conhecer mais sobre Jhank Mencrofone, acesse suas redes sociais:

YouTube: https://youtube.com/c/PROJETOOCAFUNGOS

Instagram: www.instagram.com/jhank_mencrofone

Facebook: https://www.facebook.com/JhankMencrofone

Spotify: https://open.spotify.com/artist/4evqxFrlckdMMVuB11q7e2?si=NaA6k_U4SceWfWRrg05M1w&utm_source=whatsapp&dl_branch=1

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