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Sessão do Cineclube Incinerante traz clássico do Cinema Novo e debate sobre as lutas dos povos indígenas

Edição foi pensada para estabelecer um diálogo com assuntos políticos e culturais da atualidade

No próximo sábado, dia 28 de maio, às 17h, na Casa TI, o Cineclube Incinerante exibe o longa-metragem Como Era Gostoso o Meu Francês, clássico do cinema novo brasileiro dirigido por Nelson Pereira dos Santos e lançado em 1971. A sessão também conta com exibição do curta-metragem Tupinambá Subiu a Serra, documentário guarulhense produzido pela Companhia Bueiro Aberto e dirigido por Daniel Neves e Mário Cabral. A entrada para a sessão é gratuita e, após a exibição dos filmes, haverá um debate com os participantes.

A sessão abre grande destaque à temática indígena. O filme de Nelson Pereira dos Santos, um dos principais de sua extensa obra, se passa em 1594 e retrata o aprisionamento de um aventureiro francês por índios Tupinambás que planejam devorá-lo em um ritual antropofágico. A história, que mistura elementos de documentário ao filme ficcional, serve como alegoria para o diretor promover uma discussão sobre as raízes culturais brasileiras, tendo como principal inspiração as ideais de Oswald de Andrade expressas no Manifesto Antropófago.

Em diálogo com o longa-metragem, a obra de Daniel Neves e Mário Cabral, Tupinambá Subiu a Serra, fala sobre a resistência do povo Tupinambá, desde os primórdios da colonização até os dias de hoje. O filme dá destaque aos relatos de Casé Angatu Xukuru Tupinambá, morador da Aldeia Gwarani Taba Atã e uma das principais lideranças indígenas do Sul da Bahia. O documentário mostra as diferentes relações e perspectivas políticas e sociais da resistência dos povos originários atualmente.

Segundo Alexandre Leão, um dos membros do Cineclube Incinerante, a sessão foi pensada para estabelecer um diálogo com assuntos políticos e culturais da atualidade. “São dois filmes, que de diferentes perspectivas, tratam dos conflitos políticos e culturais da formação do Brasil como nação. Temos um filme que traz um olhar sob a perspectiva da Antropofagia de Oswald de Andrade. Um debate importante, principalmente pelas discussões que vieram à tona em razão do centenário da Semana de 22. Por outro lado, Tupinambá Subiu a Serra fala da resistência indígena e isso em um momento político em que esses povos estão sofrendo cada vez mais ataques”.

A Casa TI é um espaço cultural localizado na Rua Bahia, 431, na Vila Rosália.

Para saber mais sobre o evento, acesse https://www.facebook.com/events/4960854910698707/.

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