Renata Soul abre asas e mostra diferentes faces e estilos em clipe de estreia
Em “Asas”, a artista entra no dualismo entre privação e liberdade; música mistura ritmo intimista e dançante que dialoga com a inconstância de aprender a estar só
Por Beatriz Mazzei
Não é à toa que Renata traz o Soul em seu nome. Para reforçar sua marca, em clipe de estreia, traz a música “Asas”, com temperos do R&B, funk soul e blues. Na musicalidade, Drum & Bass unidos aos teclados dão as bases para a chegada da voz da artista, que dança nos agudos com a mesma facilidade em que se desenvolve performaticamente para o clipe.
Com esse groove, “Asas” fala sobre liberdade e privação. Gravado em casa, o cenário foi escolhido propositalmente para dialogar com a ideia de pássaro que quer sair da gaiola, uma sensação inspirada pelo contexto de quarentena. “A música veio em um momento em que eu queria sair voando. Veio no meio do caos”, conta Renata. Nesse sentido, “Asas” busca transmitir essa ideia da procura por algo externo, que está fora, ao mesmo tempo em que cria formas de viver o agora e encontrar refúgio dentro de si mesmo.
Nesse dualismo de sentimentos complexos, o clipe personifica a confusão mental com várias faces da mesma Renata, inclusive em seus figurinos, que expressa as múltiplas características da artista em diálogo constante.
Em certos momentos veste lingerie mais livre e sensual; em outras, um look mais colorido com presilhas e adereços, e por fim, um figurino metalizado, que com luzes cria um visual mais festivo e moderno. A cena final simboliza o momento em que a artista encontra o contentamento de estar consigo mesma e explora a liberdade e as possibilidades de curtir a própria companhia.
Essa estética faz com que “Asas” seja soul, mas também seja pop, marcando a identidade de uma artista negra jovem e criativa.
Renata Soul
Renata é artista independente, que explora em suas canções influências da Música Preta Brasileira, e aborda em suas letras de maneira crítica e direta a reflexão acerca do machismo, de relacionamentos abusivos e fatos da sociedade atual, discutindo a emancipação e o empoderamento feminino. Entre suas referências musicais, estão Mahmundi, Liniker, Mc Tha, Jorja Smith, entre outras.
Em sua musicalidade, a artista se inspira tanto pelos ritmos percussivos do samba, maracatu, forró e baião, quanto em outros ritmos internacionais que atravessaram a formação musical do Brasil, como o funk soul, blues, jazz, pop e o reggae, unindo suas sonoridades e compondo uma mistura genuinamente brasileira.
Cantora e compositora, é formada em Canto Popular. A partir deste contato, iniciou seu trabalho de performance nas ruas, onde passou a apresentar seu repertório autoral junto a versões de músicas de outros artistas. Em 2019, integrou como uma das vocalistas a banda Raízes de Baobá. Cresceu na cidade de Guarulhos, região metropolitana de São Paulo, onde teve seu primeiro contato com a música através da igreja.
Ficha Técnica
Equipe Técnica Vídeo
Direção: Monalisa Amaral
Direção de Fotografia: Renato Pascoal
Direção de Arte e Stylist: Elizabeth Regina
Assistente Direção de arte: Maiara Terumi
Confecção de Figurino: Paula Gabriela (costureira de ideias)
Produção: Felipe Demori
Preparação Corporal: Vitória Mbengue
Hairstylist e ass. de produção: Baobá Orin
Maquiagem: Keyla Carolyne
Joias: Olly Acessórios
Catering: Monique Moura
Transporte: Raul Vicente
Equipe Técnica Áudio
Diretor Artístico: Binho Santana
Produção Musical e Mixagem: Arielly Porto
Coordenação: Gustavo Soares
Assistente de Produção: Gabriel Kinder
Gravado e Mixado no espaço musical da @sigosom no ano de 2021 “Todos os direitos reservados | Associação de Arte e Cultura Periferia Invisível”